Os reformados dos lanifícios pediram a intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Primeiro-Ministro, António Costa, para que seja reposto o direito de terem todos os medicamentos gratuitos, independentemente de serem genéricos. A decisão foi tomada esta quinta-feira em plenário, realizado na sede da União dos Sindicatos de Castelo Branco. Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, disse à nossa reportagem que “a surdez” de que sofre o Ministério da Saúde, não deixa outra alternativa.
No plenário que teve lugar esta quinta-feira, o sindicato analisou ainda a posição dos vários candidatos à Câmara Municipal da Covilhã, bem como da própria Autarquia e da Assembleia Municipal e, dado o consenso generalizado, diz o sindicalista, “ao Ministério da Saúde não resta outra alternativa se não alterar a portaria”. De resto, acrescenta ainda Luís Garra, se não houver respostas positivas ao pedido de audiências, os reformados dos lanifícios irão realizar uma vigília em Lisboa e irão preparar receções “como merecem” a qualquer governante da área da saúde que se desloque à região.
Recordar que em causa está a alteração à lei, feita pelo atual Governo, que além de ter aprovado que o pagamento passe a ser realizado diretamente através das farmácias, sem que seja necessário o utente pedir o reembolso, também introduziu uma alteração que indica que a comparticipação terá em conta o preço de referência, o que obriga os utentes a consumirem o genérico mais barato ou a pagarem o remanescente. Uma situação “injusta”, diz o sindicato, uma vez que estes reformados efetuaram descontos adicionais para terem direito a medicamentos gratuitos.