A JSD distrital de Castelo Branco em comunicado recorda que “em maio, o governo anunciou a redução de cinco por cento das vagas no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior em Lisboa e Porto, com vista ao seu “aumento no Interior”.
Uma medida que não foi bem acolhida junto do movimento estudantil e que levou “o ministro da tutela recuar, desautorizando o Primeiro-Ministro e afirmando que a proposta pretendeu “somente provocar o debate” escrevem ainda no comunicado.
Conhecidas que são as vagas, para a JSD Castelo Branco o cenário é grave uma vez que, a maioria (quase 53 por cento) das vagas retiradas a Lisboa e Porto “permanecerá precisamente no litoral, foi maioritariamente aproveitada pelas instituições de ensino superior de Coimbra, Minho e Aveiro, o que reduziu drasticamente qualquer suposto benefício que o Interior pudesse adquirir com uma medida que, logo à partida, já sofria de ineficiência”.
A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) também já emitiu um comunicado onde mostra o seu desacordo. Recordam que em reunião nacional o movimento associativo aprovou uma moção de censura a esta medida. Agora, conhecidas as vagas e a sua “distribuição pelo Litoral”, consideram que se está a criar um “ensino elitista”.
Para a AAUBI “é inconcebível que, num País em que o Litoral e o Interior se separam por uma distância de apenas 300 quilómetros, as assimetrias sejam tão significativas e ainda tenhamos que assistir à aplicação de medidas que não tendem a diminuí-las”.
Esta instituição reitera publicamente o seu desagrado e considera que o ministro da tutela é “claramente indiferente à opinião da comunidade estudantil e do Movimento Associativo Nacional” e promete não desistir desta luta.