Covilhã vai ter Centro de Incubação ao Empreendedorismo

As obras de requalificação do antigo edifício da PSP, para a criação do Centro de Incubação e Apoio ao Empreendedorismo, devem arrancar antes do final do ano. A garantia foi dada por Vítor Pereira depois da reunião privada da Câmara da Covilhã. A maioria socialista tece rasgados elogios à iniciativa. Já a oposição critica.

O projeto está orçado em cerca de 800 mil euros, comparticipados em 85 por cento através de fundos do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). Na sexta-feira, 6 de Julho, a autarquia aprovou a contratação de um empréstimo para fazer face aos restantes 15 por cento de capitais próprios.


No final da reunião, Carlos Pinto, vereador do movimento “de Novo Covilhã” traçou duras críticas ao projeto. Afirma que que tem apenas como utilidade a “requalificação do edifício” o que é “sempre louvável”, referiu. Carlos Pinto é da opinião que já existem locais próprios para incubação de empresas “falta é rumo à autarquia para a captação de investimento”. Carlos Pinto alerta ainda para o facto de no mesmo dia em que se abriu concurso, pediu-se autorização para financiamento o que, diz “pode levar ao mesmo caso da Escola Frei Heitor Pinto, em que da maior obra se passou ao maior flop”. O Vereador critica também a espaço escolhido. “Dada a quantidade de ses que estão envolvidos nesta obra, ela “não atinge sequer a dimensão de elefante branco, será uma minhocazinha”.

Adolfo Mesquita Nunes, do CDS também critica a opção da Câmara. Para o vereador centrista já há centros de incubação suficientes, as verbas deveriam ser canalizadas “para o apoio a empresas”. Relativamente à obra o vereador afirma que não passa de “propaganda, porque na mesma reunião em que é presente o concurso se aprova a candidatura para o financiamento nacional”, o que, diz, pode levar “a que não haja condições para a câmara a fazer”.

Críticas que Vítor Pereira não aceita. O autarca garante que o financiamento está assegurado. No âmbito do PEDU está já contratualizado o financiamento a 85 por cento. Os restantes 15 estão já previsto no orçamento da autarquia, que agora vai contrair o empréstimo autorizado nesta reunião. Vítor Pereira garante que “as obras irão avançar antes do final do ano”. O presidente da CMC explica também que “contrariamente ao que se fez no passado optaram por requalificar património edificado” para a construção deste Centro de Inovação, o que de resto “se deveria ter feito quando se construiu o Parkurbis”, afirmou. “O Centro será uma pré-incubadora de empresas, dedicado em especial a estudantes da UBI, daí a sua localização”. Para Vítor Pereira “junta-se o útil ao agradável com esta obra”.

O projeto contempla a construção de espaços de cowork, com escritórios para incubação de empresas e ainda um espaço destinado à experimentação para ligar os saberes tradicionais da região, com a inovação que pode ser introduzida pelos estudantes criando novas ideias de negócio.