Palavras de Joaquim Vieira, jornalistas e escritor que esta segunda-feira foi o convidado da tertúlia “Café Literário” promovida pela Câmara da Covilhã.
A biografia de José Saramago é o seu mais recente trabalho publicado, assinala os 20 anos da atribuição do Nobel da Literatura, um prémio que “permitiu a internacionalização da nossa literatura”, referiu Joaquim Vieira na palestra.
Para o autor “os livros de Saramago, ocupam um lugar insubstituível, são um novo capitulo da nossa literatura e pela maneira como estão escritos, pelos temas que abordam não há dúvidas que há uma literatura antes e depois de Saramago”.
Joaquim Vieira começou a sua carreira na escrita pelo jornalismo, passou depois para os livros, nomeadamente as biografias. À nossa reportagem considerou que “foi uma passagem natural, quando sentiu que já tinha feito no jornalismo tudo o que tinha para fazer”, acrescenta que “tinha muito para escrever e nos jornais não havia espaço”.
Joaquim Vieira assinou títulos como “Mário Soares – Uma Vida”, “Álvaro Cunhal – O Homem e o Mito”, “A Governanta, D. Maria, Companheira de Salazar”, “Mocidade Portuguesa – Homens para um Estado Novo”, “Francisco Pinto Balsemão – O Patrão dos Media que foi Primeiro-Ministro”.
É o autor de 18 biografias de personalidades portuguesas do século XX, “biografias diferentes porque resultam da sua investigação, é um dos nomes incontornáveis nas biografias em Portugal”, disse à nossa reportagem o professor da UBI Nuno Francisco.
Para além das biografias Joaquim Vieira assinou a coleção de 10 volumes “Portugal no século XX – crónicas em imagens”, tendo sido coautor de “Os Meus 35 Anos com Salazar”, “Mataram o Rei! – O Regicídio na Imprensa Internacional” entre muitas outras obras.