Com a inauguração no passado dia 20 de janeiro, do lar do Centro Social do Divino Espírito Santo em Peraboa cumpriu-se um sonho de décadas.
Desde 1995 que a instituição tem a funcionar o centro de dia e apoio domiciliário. Em 2006 foram dados os primeiros passos para a criação da Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) naquela freguesia, com a oferta do projeto por José Barros Gomes, contou à Rádio Covilhã, José Curto Costa, presidente da direção do Centro Social. O presidente da instituição relembra que o primeiro investimento “foi de 400 mil euros”, mas após a construção do “esqueleto da obra”, acabaram as verbas e “foi preciso parar”, mas mantiveram “a esperança de a concluir”, recordou.
Com altos e baixos ao longo dos anos, a inauguração da estrutura teve lugar no último domingo, representa um investimento de mais de um milhão de euros. Dispõe de 15 quartos (individuais e duplos) com capacidade para 23 utentes, que a direção do centro pretende “aumentar para 30”, avança o presidente. O objetivo é diminuir “a lista de espera que tem mais de 100 nomes” e ao mesmo tempo “conseguir mais viabilidade financeira”, uma vez que os postos de trabalho, que passaram de 7 para 20 “não precisam aumentar com essa alteração”.
A criação da ERPI permitiu que muitos dos idosos naturais da freguesia que “estavam longe” já tenham regressado para a sua terra, afirma de forma emocionada Curto Costa. Lamenta que “não possam responder a todos os pedidos”, mas mostra a esperança de que “pelo menos os 10 casos mais urgentes que têm na lista possam conseguir ali um lugar”. Com esta Inauguração, o responsável que desde do início dos anos 90 está à frente do Centro Social afirma que “a sua missão foi cumprida” e vai retirar-se em breve. “É com pena que saio mas sinto-me realizado”, afirma.
O Centro Social do Divino Espirito Santo em Peraboa conta com 20 funcionários, com 16 utentes em apoio domiciliário, 11 em centro de dia e 23 na estrutura residencial para idosos.