A continuidade do contrato de prestação de serviços de João Aidos, na Câmara Municipal da Covilhã, é contestada pelo movimento “de Novo Covilhã”. Na última reunião privada do órgão Paulo Rosa, vereador que na reunião substituiu Carlos Pinto, questionou a sua “continuidade” para acompanhar as obras a decorrer no Teatro Municipal.
O vereador “aplaude” a sua contratação para a elaboração do projeto inicial, uma vez que se lhe reconhece “competência” para uma análise inicial, mas considera que a sua manutenção “é um gasto desnecessário” porque a autarquia tem “engenheiros qualificados” para acompanhar o projeto, “que está aprovado”, acrescentando que não “consegue compreender” esta situação. Uma crítica que apanhou de surpresa Vítor Pereira. Quando questionado pelos jornalistas, o presidente da câmara municipal da Covilhã estranhou tais declarações à comunicação social, uma vez que na reunião o vereador “agradeceu e compreendeu a explicação que lhe foi dada”.
Quanto à continuidade do contrato de prestação de serviços de João Aidos, o autarca afirma que “é para poupar e não para esbanjar dinheiro”. Recorda que o técnico foi chamado a assessorar a autarquia na altura da elaboração do projeto, “dado os seus vastos conhecimento e experiencia na matéria” recordando que “está associado à remodelação de 22 espaços desta natureza a nível nacional”. A sua manutenção justifica-se pelo facto de se tratar de “uma remodelação complexa” que a todo o momento “necessita de ajustamentos” o que justifica a contratação de um “técnico qualificado como este”, afirmou o edil.
Vítor Pereira reforça que “só desta forma” se conseguirá um resultado final que “dure décadas”, sem que sejam necessárias intervenções por “esquecimentos durante a obra”. O autarca conclui que desta forma “se está a poupar dinheiro e a agilizar a infraestrutura”.
Segundo o projeto, a traça exterior do edifício é mantida, mas no interior a reestruturação vai ser completa, estando prevista uma redução da lotação da sala principal para 600 lugares. Além desta sala, o futuro edifício vai ter mais quatro espaços de programação servidos por uma equipa de produção, vai contar ainda com uma sala de aprendizagem pedagógica, gabinetes de trabalho, duas cafetarias, uma livraria, duas salas de arrumações e instalações sanitárias em todos os pisos. Para facilitar a mobilidade também será instalado um elevador que pode circular em todos os pisos. Complementarmente, avança também a intervenção na antiga residencial “Montalto”, que prevê a criação de um Centro de Incubação e Apoio às Indústrias Culturais e Recreativas, com um conjunto de outras valências.
Recordar que após as obras, no valor de cerca de 4 milhões de euros, o espaço passará a designar-se Centro de Inovação Cultural e tem cofinanciamento aprovado através do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) da Covilhã.