A capacitação e a qualificação de recursos humanos, é o grande desafio para aumentar a capacidade exportadora das PMEs, disse, esta quinta-feira, o Secretário de Estado para a Internacionalização, Eurico Brilhante Dias. O governante falava na UBI, na cerimónia de assinatura de um protocolo entre a instituição de ensino e a Agência de Investimento para o Comércio Externo de Portugal (AICEP), com vista a colmatar essa lacuna (falta de formação), a “maior” de toda a “máquina” exportadora nacional, afirmou, explicando que “é na falta de preparação para executar os projetos”, que reside o grande problema na internacionalização das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), que “têm boas ideias e bons produtos, mas falta de eficácia para os pôr em prática”.
O governante apontou mesmo a falta de preparação para encarar o mercado externo, como a principal razão para a “perda de 5 mil empresas exportadoras, de bens, ao ano”. Segundo os dados apontados, o número de exportadores mantém-se “nos cerca de 22 mil anuais, desde há 10 anos”. Tendo em conta que todos os anos surgem 5 a 6 mil novos, “significa que todos os anos há 5 a 6 mil que se perdem”, salientou o governante, destacando ainda, que na base exportadora nacional, “apenas 10 mil empresas o fazem ininterruptamente há 5 anos”. É na alteração deste paradigma que reside o grande “desafio”, afirmou o Secretário de Estado, apontando como caminho a “formação e capacitação dos quadros das PMEs para este setor”, realçando que “esta tarefa não pode passar ao lado das universidades e das escolas de formação de executivos, como a UBIExecutive”.
De resto, Eurico Brilhante Dias, reforçando que a região precisa de fixar população, exortou as empresas a alargarem os seus mercados, referindo que “esta região é mais rica, quando é capaz de reter pessoas ligadas ao mercado externo, aproveitando os recursos endógenos nos têxteis e no turismo”, para o Secretário de Estado “este território é mais rico, sempre que é capaz de fixar pensando para fora”.