Os investidores das Minas da Recheira vão colocar o empreendimento à venda e desistir do projeto, anunciam em nota, enviada à nossa redação. No documento apontam o dedo à Câmara Municipal da Covilhã por “inviabilizar o investimento”, e ameaçam com ações judiciais contra a autarquia e a título individual.
No documento lê-se que “após as declarações gravíssimas, ilegais e inverdades proferidas pelo vereador do urbanismo do executivo camarário”, no final da reunião privada de sexta-feira, (de que lhe demos conta nos serviços informativos do último sábado, “Minas da Recheira: investidor e CMC não de entendem”, de 25-05), “a Administração do Empreendimento Turístico “Quinta das Minas da Recheira”, em representação dos vários investidores portugueses e estrangeiros envolvidos no projeto, reuniu de emergência durante este fim-de-semana” e tomou essa decisão.
Na nota enviada aos jornalistas e diversas entidades oficiais, os investidores acusam o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, o vereador do urbanismo, o chefe daquela divisão na autarquia e dois arquitetos, que identificam, de “destruírem mais de 20 postos de trabalho e o desenvolvimento económico e turístico”, com a inviabilização de um investimento superior a 3,5 milhões de euros.
Referem que “se trata de um caso de perseguição, que a câmara está a efetuar ao empreendimento e aos seus investidores” e por isso vão “desistir” de o executar, acrescentando que “os investidores decidiram desinvestir neste concelho, neste país, e neste empreendimento e vão colocar à venda a propriedade para quem ainda tenha coragem de enfrentar e confrontar este executivo e este urbanismo”.
Afirmam ainda que já deram instruções aos seus advogados para estudarem as “diversas e variadas ações jurídicas a nível da instituição camarária e individual”, “tendo em conta todos os prejuízos diretos e indiretos já provocados, e as estimativas dos prejuízos futuros em relação ao empreendimento, por consequência direta e indireta deste executivo e do seu urbanismo”.