O Governo oficializou ontem a recondução de João Casteleiro como presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira. Do anterior Conselho de Administração foi também nomeado Vítor Mota. A equipa é ainda constituída pela administradora hospitalar Sandra Duarte e a enfermeira diretora será Ana Paula Rodrigo.
Salientando que “não se candidatou ao lugar aceitou um convite”, João Casteleiro afirma que “estas 4 pessoas são o núcleo duro do Conselho de Administração”, considerando “importantes todos os outros elementos”. Frisa que “aceitou porque pode continuar a exercer medicina”, sem esconder que “a sua experiência de mais de 30 anos é também uma mais-valia” para a instituição.
Desde que terminou a comissão de serviço, em janeiro, João Casteleiro afirmou que só continuaria se conseguisse condições para defesa da instituição e da região. Sem especificar que dossier colocou em cima da mesa, adianta que “ter capacidade de atração de novos profissionais e manter os que existem”, é uma necessidade que mostrou à tutela, referindo que “o interior tem de ser tratado como todos os outros locais”, mas com “especificidades diferentes que têm de ser entendidas”.
Com a certeza de que a “assistência” é o principal objetivo do Centro Hospitalar, o cirurgião afirma que “essa questão há muito foi ultrapassada”. “É preciso entender que somos um centro hospitalar universitário, temos responsabilidade no ensino e na investigação e tudo isto tem que ser acompanhado com inovação, que é cara”. “Os novos tratamentos são caros, mas é preciso mostrar aos governantes que as pessoas daqui têm que ter as mesmas oportunidades e não fazer 400km para fazer quimioterapia, por exemplo” especifica João Casteleiro.
A medicina nuclear e a cardiologia de intervenção são duas valências que continuam a ser reclamadas, “esta é uma zona de sombra nesta área, mas estes são projetos nacionais, a tutela está tão interessada como nós em que aqui sejam instaladas”, diz João Casteleiro, apontando-as como mais dois fatores de atração para a região.
De resto João Casteleiro coloca a humanização dos serviços como o grande fator diferenciador do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira. “A humanidade com que tratamos os doentes é diferente, para melhor, da maioria dos hospitais”, considerando-a uma das “mais-valias” da instituição. Afirmando que nem tudo “está bem”, João Casteleiro salienta que “a capacidade de atração, apesar de tudo, não é das piores”, espera por isso que das 30 vagas do concurso que está a decorrer, algumas sejam preenchidas. “Estou convencido que a qualidade do serviço é um fator de atração, espero que tenhamos mais profissionais brevemente”, frisou.