O cabeça de lista do Bloco de Esquerda às legislativas pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, Rui Lino, defende as necessidades de elaboração de um Plano Especial de Emergência de Proteção Civil face a um acidente nuclear em Almaraz.
Em nota de imprensa, Rui Lino recorda as catástrofes nucleares de Fukushima em 2011 e de Chernobil em 1986, refere que é necessário “um Plano Especial de Emergência que simule vários graus de intensidade de um acidente que resulte na projeção de material radioativo para o exterior”, adiantando que “atualmente é uma incógnita o que poderá acontecer em caso de acidente nuclear na central de Almaraz”.
Rui Lino realça em comunicado, que é necessário “estabelecer cenários relacionados com o transporte e deposição por via atmosférica do material radioativo emitido, bem como equacionar vários cenários de deposição e transporte na bacia hidrográfica do Tejo e dos impactos direta e indiretamente transmitidos aos ecossistemas e às atividades humanas.” Um Plano Especial de Emergência, que segundo o líder da lista do BE, “defina um modelo organizativo especial do sistema operacional, assim como as medidas de emergência de proteção civil e as orientações para as populações que poderão ser afetadas, com base nos vários cenários estudados.”
O plano do líder da lista do BE assenta em 4 pilares fundamentais, o primeiro é conhecer cientificamente o que poderá acontecer em caso de acidente nuclear em Almaraz e criar cenários sobre os diferentes graus de intensidade, o segundo passa por especialistas da saúde equacionarem vários cenários com base nos graus de dano previstos, em terceiro, devem ser definidas as medidas preventivas em caso de emergência e por último devem ser definidos de forma clara e inequívoca os papéis que cabem a cada uma das entidades do Sistema de Proteção Civil.
Recorde-se que, no dia 28 de junho, a Assembleia Municipal da Covilhã aprovou, por unanimidade, um voto contra a continuidade desta central nuclear.