A escola de Pastores vai começar a funcionar em setembro e “oferece” 5 mil euros, a quem concluir a formação e aposte na área na região. O objetivo é captar jovens para uma atividade que “está em risco de desaparecer”. A iniciativa é apoiada por fundos comunitários.
A Escola “vai ser itinerante”, contando com “uma componente teórica de 110 horas e uma componente prática de 410 horas, com formação em maneio sanitário, maneio reprodutivo, alimentar, pastagens e forragens e silvo-pastorícia, ovinicultura e caprinicultura e gestão da exploração”, vai realizar-se nas Escolas Agrárias de Viseu e Castelo Branco. A parte prática irá decorrer no Fundão, Castelo Branco, Penela, Viseu, Oliveira do Hospital e Gouveia.
A escola faz parte do projeto “Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro”, que é apoiado pelos fundos comunitários CENTRO 2020 e que resulta de uma parceria entre associações de produtores, escolas, centros de tecnologia e as Comunidades Intermunicipais de Viseu Dão Lafões, das Beiras e Serra da Estrela, da Beira Baixa e da Região de Coimbra.
O projecto é coordenado pela InovCluster – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro.
O objetivo é ter no final do curso, pelo menos, “20 produtores que se liguem futuramente à agricultura”, motivados pelo “prémio” de “cinco mil euros”, “uma pequena ajuda para o início da atividade”, esclarece Regina Lopes, técnica ligada ao projeto. “É um prémio com compromissos, o pastor tem que se instalar na área”, acrescenta.
As inscrições para a Escola de Pastores estão abertas até 23 de agosto e as aulas devem começar a 23 de setembro.