Vítor Pereira redistribuiu pelouros para promover “equilíbrio de trabalho”

Promover “equilibro de trabalho” entre os vereadores, foi a justificação de Vítor Pereira para a redistribuição de pelouros que operou recentemente. Para o edil, “a gestão autárquica é dinâmica” e é preciso “ir afinando” a operacionalidade, disse aos jornalistas no final da reunião privada, da última sexta-feira.

Uma das mudanças passou por “fundir o Gabinete Florestal com o Gabinete da Proteção Civil” ficando os dois pelouros sob a alçada de Serra dos Reis, quando antes a pasta da Proteção Civil era do vereador Jorge Gomes.

Já o pelouro de Aprovisionamento e Controlo de Compras que até aqui estavam sob a alçada de José Miguel Oliveira, passa para o vereador Jorge Gomes, que assume também a partilha com o presidente do pelouro de Obras e Projetos. Uma decisão que ocorreu porque José Miguel Oliveira estava “sobrecarregado”, com pastas “muito exigentes”, como as Águas, as Finanças, o Associativismo e o Turismo. O autarca garante que todos os vereadores souberam da decisão “numa reunião de dois dias, em que fizeram o balanço da primeira parte do mandato” e que ocorreu há mais de um mês.

No final da reunião, nas habituais declarações aos jornalistas, sem se manifestar sobre as alterações, José Luiz Adriano criticou a forma como o presidente da Câmara conduziu o processo, afirmando que não foi dado “conhecimento formal” ao órgão, acrescentando que “mesmo na reunião”, depois de questionado se limitou a afirmar “que o assunto era público e nada explicou”, acusou o vereador do CDS.

Apesar do muito respeito que tem pelos vereadores da oposição, Vítor Pereira justifica que “os pelouros são do presidente e não tem que pedir vénias nem licenças” para proceder às alterações. Garantiu que durante a reunião deu conhecimento da mudança, justificando com uma “desatenção momentânea” de José Luiz Adriano, o facto de não ter escutado, as justificações que deu no final aos jornalistas, e que referiu no decorrer dos trabalhos.