A maioria socialista, com a abstenção do CDS aprovou esta sexta-feira a redução da taxa de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) em uma centésima para o próximo ano. O objetivo é que a “taxa se fixe em 0.35 daqui a 3 anos, com uma redução de uma centésima ao ano”, anunciou o presidente da câmara.
Vítor Pereira explica que o “propósito estratégico” visa “aliviar os orçamentos familiares”. Na reunião foi aprovada a redução da taxa nos prédios urbanos de 0,38 para 0,37 no próximo ano, uma medida que pode custar aos cofres da autarquia “entre 150 a 200 mil euros”, frisa o presidente.
Ainda sobre o IMI, nos prédios rústicos mantem-se em 0,8 (taxa máxima), prevendo-se neste caso, um agravamento de 30% para os casos em que exista floresta abandonada, “uma majoração que nunca será inferior a 20 euros”, especificou o edil.
No caso dos urbanos, haverá agravamento para os prédios devolutos há mais de um ano ou em ruínas ou parcialmente degradados, sendo esta também de 30%. Uma forma de “combater os maus cartões-de-visita” disse Vítor Pereira.
Referir que à semelhança do que já aconteceu este ano, há redução de IMI para famílias com dependentes, sendo que no caso de um dependente a redução é de 20 euros, dois 40 e de 3 ou mais é de 70 euros.
Por maioria foram também aprovados os valores da derrama no concelho no próximo ano, que se irão manter em 1,3, com uma redução para 0,10 para as empresas com volume de negócios inferior a 150 mil euros. “Uma medida que visa estimular a economia local”, explicou o presidente.
A maioria Socialista na autarquia aprovou ainda não reduzir a variável de IRS aos rendimentos dos covilhanenses. Uma proposta que mereceu o chumbo de Adolfo Mesquita Nunes. O vereador centrista considera que “a medida pode ser insuficiente”, mas para alguns “é o suficiente para ter mais conforto”, realçando que era uma forma de a Câmara da Covilhã poder baixar os impostos”, compensando “localmente o facto de se ter a maior carga fiscal de sempre”.
É uma questão de “opção” disse Vítor Pereira aos jornalistas. O município “prioriza as famílias que estão mais fragilizadas” e estas deduções “atinge sobretudo famílias com muitas posses, que funcionam em concelhos onde existem elevados rendimentos” o que não é “o caso dos municípios do interior”, frisou que se optou pela redução do IMI.
As taxas aprovadas na autarquia serão agora enviadas para discussão e votação na Assembleia Municipal.