A manutenção de infraestruturas na Covilhã, que estavam
desde 2015 sob a alçada da empresa municipal ICOVI, volta, em 2020, para a
responsabilidade da Câmara Municipal da Covilhã. A revogação do contrato foi aprovada
na reunião do executivo da última sexta-feira.
Segundo explicou o vereador Jorge Gomes, a opção do município prende-se com “o
investimento que a autarquia fez nos serviços operativos”, nomeadamente com aquisição
de equipamento e maquinaria e também para “permitir que a ICOVI centre as suas
atenções na futura barragem” na Serra da Estrela, vincando que, “em 2020 serão
desenvolvidos trabalhos para que esta obra possa surgir até final do mandato”. O
vereador considera que a revogação dos contratos é, “estrategicamente, uma
decisão muito acertada”.
O ponto mereceu o chumbo de Carlos Pinto, vereador do movimento De Novo
Covilhã, que considerou uma “leviandade” a decisão tomada em 2015, que permitiu
transferir “poderes para a ICOVI, que tinham razões que escapavam ao comum dos
mortais”, referindo que as razões para a revogação “também não estão agora
fundamentadas”. Vincou ainda que “a revogação reconduz as coisas ao mínimo da
razoabilidade”. Considera que a Câmara tem “cultura de trabalho” nesta área que
a ICOVI “nunca teve”. Para o vereador independente “o município tem de
reconhecer” que a operação “foi um ato leviano, que não se sabe quanto custou
ao município”.
“Leviandade foi o abandono a que dotaram os serviços de obras do município”
respondeu de pronto Jorge Gomes. Para o vereador que detém a pasta das obras no
município “este executivo decidiu fazer o contrário e investiu em equipamentos,
máquinas e nas pessoas”, frisou.
A revogação de contratos passou com o voto contra de Carlos Pinto e abstenção
de Adolfo Mesquita Nunes.