“É possível combinar diversos tipos de resíduos, como lixos domésticos, industriais, de centrais termoelétricas e fazer cimento” é a conclusão do RICON 2019, que se realizou na Universidade da Beira Interior com o intuito de analisar o reaproveitamento de resíduos industriais e mineiras, refere João Castro Gomes. “Os cimentos que produzimos hoje, emitem muito carbono”, salienta.
Estas estratégias “amigas do ambiente” é uma contribuição para “mitigar o problema das alterações climáticas”, pois deixa-se de usar o tradicional Cimento Portland, fabricado através da queima de calcário e argila, altamente poluente, diz o docente da Universidade da Beira Interior.
O RICON 2019 realizou-se na Faculdade de Engenharias da UBI, algo que para João Castro Gomes “faz todo o sentido”, pois a cidade da Covilhã está “ligada à indústria de lanifícios” e é uma cidade “do conhecimento” e tem a missão de o transmitir pois é onde está a universidade portuguesa “mais perto do centro da europa”.
Durante esta manhã os investigadores presentes no evento visitaram as Minas da Panasqueira, algo que “faz todo o sentido porque há um enorme potencial nos resíduos das minas”. Segundo João Castro Gomes, os resíduos das Minas da Panasqueira “existem em muitas outras minas pelo mundo” e ao usá-las como caso de estudo, o professor pretende “inspirar” que as soluções encontradas neste Ricon sejam levadas para outros países.
O evento realizou-se desde quarta-feira e juntou conferências, workshops em laboratório, e a visita às Minas da Panasqueira.
Foto: João Pedro Jesus