“O Turismo deve ser instrumento de coesão territorial”, disse Nuno Fazenda, esta quarta-feira, no Parlamento durante a audição do Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, no âmbito do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2020.
O deputado, eleito pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, afirmou que o turismo pode “verdadeiramente ajudar a desenvolver o interior” e “as políticas públicas implementadas na última legislatura provaram que houve crescimento das regiões menos desenvolvidas”, questionando se para este ano “estão previstas medidas de discriminação positiva” para o setor no interior do país, bem como para “combate à sazonalidade”.
Na resposta, a Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, afirmou que “a coesão territorial e a sazonalidade” são dois pontos “que norteiam a estratégia da sua secretaria” de uma forma “evidente”. Especificou que, tal como aconteceu no passado, vão continuar a apostar em programas de financiamento “específicos para as zonas de baixa densidade”, para que “o setor privado aí continue a investir” e deu o exemplo do programa “Valorizar” que apoiou na primeira fase “285 projetos com um investimento publico/privado de 94 milhões de euros e com uma apoio concedido de 60,1 milhões”.
Para além do investimento a Secretária de Estado afirma que “a capacitação de recursos humanos” é outra das vertentes, apostando nas escolas de formação que estão sob gestão pública. Outra das medidas para o interior é a “estruturação da oferta” num trabalho conjunto com “as entidades regionais de turismo”, vincou.
Rita Marques acrescentou ainda que o combate ao efeito de sazonalidade do turismo está a ser feito com apostas em “mercados de longo alcance” como o Brasil, e com a estruturação de oferta, apostando em projetos específicos. O Turismo termal, equestre, cycling foram alguns dos exemplos apontados pela governante, como projetos diferenciadores para chamar turistas para o interior.