O CRUSOE – Conselho de Reitores das Universidades do Sudoeste Europeu, pode servir de alavanca ao desenvolvimento dos territórios do interior, destacou a Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, no final da reunião daquele organismo, que decorreu na UBI. No encontro esteve em discussão o alargamento da rede aos politécnicos da região centro do país.
A Secretária de Estado mostrou-se convicta que as universidades e politécnicos, “como instituições ligadas ao conhecimento, têm um papel muito importante como motores de desenvolvimento dos territórios, até porque são agentes da coesão territorial”, vincando que podem ser “verdadeiros impulsionadores do desenvolvimento socioeconómico das regiões e da diversificação da base económica, que pode fazer a diferença em muitos territórios, nomeadamente aqueles que são do interior”.
A governante considerou “muito importante a dinâmica criada nestas redes”, referindo-se ao CRUSOE. A adesão dos institutos politécnicos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Santarém, Tomar e Viseu ao Conselho de Reitores das Universidades do Sudoeste Europeu, cujos diretores estiveram na reunião, tornou-se praticamente uma certeza, a partir de março, o que permitirá um aumento “da massa crítica e ter mais instrumentos para dinamizar as regiões onde estão sediados, devido à cooperação alargada” salientou o presidente do CRUSOE e reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro.
O responsável explicou que a intenção é promover projetos de mobilidade, de docentes, investigadores e estudantes, entre as várias instituições. Projetos que o presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, António Fernandes, considerou “interessantes”, no sentido “de poder apresentar candidaturas conjuntas para mobilidade” e “desenvolver projetos, que vão ao encontro da melhoria da qualidade de vida, da região em que nos inserimos”, destacou o dirigente, avançando que a decisão de adesão à rede será tomada em Conselho Geral do IPCB.
Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da Guarda comunga da mesma opinião, afirmando que é positivo e fundamental aderir à rede. Para além da “mobilidade” e da possibilidade de “candidaturas com maior escala” destacou também a “possibilidade de investigação alargada, sobretudo transfronteiriça”, disse aos jornalistas.
Referir que todos os Institutos Politécnicos que participaram na reunião mostraram interesse em aderir à rede.
O CRUSOE é constituído por universidades e politécnicos do Norte e Centro de Portugal, e das regiões espanholas da Galiza, Castela e Leão, Astúrias e Cantábria. É uma rede de cooperação que tem o objetivo de promover a investigação e inovação entre instituições, consolidar espaços de colaboração, refletir e trabalhar em projetos que apresentem soluções da macrorregião, incrementar a disponibilidade de conhecimentos e a mobilidade de profissionais, entre outros. É composto por 23 instituições e em Março deverá integrar também os politécnicos da região centro.