Ao todo a PJ da Guarda já deteve dez indivíduos “suspeitos de integrarem o núcleo central” de uma rede internacional dedicada ao tráfico e responsável pelo abastecimento, com produtos “originários de Espanha, a toda a Região da Beira Interior”, anunciou a PJ em comunicado.
Segundo o documento, 5 indivíduos foram detidos no início do mês e, na segunda fase da operação, “identificou e deteve agora mais cinco homens igualmente suspeitos de integrarem a mesma organização criminosa”.
Os cinco indivíduos agora detidos, com idades compreendidas entre os 25 e os 31 anos, um de nacionalidade espanhola, todos perfeitamente articulados entre si e também com os cinco coautores detidos durante a primeira fase, são dois agricultores, um técnico de manutenção industrial e os restantes dois sem qualquer ocupação profissional conhecida.
A detenção ocorreu após “várias diligências de investigação levadas a efeito na Beira Interior e Aveiro”, que resultaram na apreensão de “produto estupefaciente, do tipo canábis, suficiente para a preparação de milhares de doses individuais, dinheiro, vários equipamentos de telecomunicações, duas viaturas automóveis, três balanças de precisão e ainda vários outros objetos habitualmente relacionados com a atividade de tráfico de estupefacientes”, especifica a nota da PJ.
A Polícia Judiciária acredita que o grupo de dez indivíduos detidos nas duas fases da respetiva investigação foi responsável, durante sucessivos meses, “por elevada percentagem da canábis efetivamente traficada e consumida um pouco por toda a Região da Beira Interior, mas também em significativa parte da Beira Litoral”.
Da investigação realizada ao longo de vários meses, foi “possível constatar que no desenvolvimento da sua atividade delituosa, desde a respetiva produção até à comercialização e distribuição final, a rede agora intersetada utilizava métodos particularmente sofisticados, nomeadamente ao nível da colheita, embalamento e transporte dos produtos estupefacientes traficados, ocorrendo este essencialmente por via terrestre, com muito frequentes viagens entre Espanha e Portugal”.
Presentes às competentes autoridades judiciárias e, entretanto, submetidos a primeiro interrogatório judicial, a todos os arguidos agora detidos foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva. Recorda-se que a mesma medida de coação máxima havia já sido aplicada também a três dos anteriores detidos, tendo os restantes dois sido submetidos à medida de obrigação de apresentações periódicas no órgão de policia criminal da sua área de residência.