As dificuldades são muitas, principalmente para vencer “o peso que alguns emblemas têm nas equipas de arbitragem”, mas, com perseverança, os jovens que vestem as cores do Oriental de S. Martinho conseguem “levantar o braço” e ganhar competições internacionais como aconteceu este fim-de-semana, realça o responsável pela secção de boxe no clube, José Alçada.
“Finalmente deixaram-nos ganhar”, desabafou o também treinador, após a vitória de Luís Correia, na categoria 91 kg no Open Internacional de Boxe Marvila, este domingo. À nossa reportagem afirma que “os resultados foram bons, mas podiam ser melhores”, garantindo que “outros dois atletas ganharam, até o treinador da equipa adversária reconheceu, mas os árbitros assim não entenderam”, reclama.
Com cerca de 26 atletas em competição e mais cerca de 50 que apenas treinam, o boxe no Oriental de S. Martinho está em franco crescimento, reconhece o treinador.
Mais do que resultados, é importante “esbater o estigma de que esta é uma modalidade violenta”, disse à RCC desafiando “toda a população a fazer uma aula grátis”, para tirar a “prova dos 9”, afirmando que “normalmente quem experimenta, fica”.
O Oriental de S. Martinho foi campeão regional de Aveiro na época passada, com 9 elementos em competição. Esta época será mais difícil revalidar o título “uma vez que a Federação decidiu que teríamos que nos inscrever na Associação de Boxe de Lisboa”, lamenta José Alçada explicando que “em Lisboa e no Porto há miúdos com 100 combates realizados, o que é uma grande diferença para a nossa realidade”.
Dificuldades à parte, José Alçada garante que a modalidade está enraizada na Covilhã e há cada vez mais procura.