As declarações de Vítor Pereira sobre a possibilidade da
Covilhã sair da CIM Beiras e Serra da Estrela, voltaram a ser tema na reunião
pública da Câmara da Covilhã. As críticas ao timing escolhido e “falta de
fundamentação”, chegaram do CDS PP, com Vítor Pereira a defender a oportunidade
de suscitar o debate, que está a acontecer.
Segundo Adolfo Mesquita Nunes as declarações “são surpreendentes” porque “vêm
omissas na fundamentação”, afirmando que “são extemporâneas”, explica que “surgem
na altura em que a CIM está a apresentar a marca Serra da Estrela, um passo
importante para a região”, considerando que esta não é a forma de tratar um
tema desta natureza.
Vítor Pereira reitera que não é a primeira vez que aborda o tema, e tece críticas
“aos reduzidos poderes que têm as Comunidades Intermunicipais”. Explicou que já
em 2014 promoveu uma reunião com todos os presidentes de câmara, em que faltou
apenas um, onde tal foi discutido e “onde se defendeu a junção das duas
comunidades, (Beiras e Serra da Estrela e Beira Baixa) porque se ganharia mais
escala, mais pressão e mais força”, especificou o autarca, acrescentando que já
na altura foi decidido que “no final deste mandato voltariam a encontrar-se
para decidir dobre esta matéria”.
Reitera que a sua intenção foi promover a discussão e o debate, “o que está
efetivamente a acontecer”. Vítor Pereira afirma mesmo que “está a fazer-se uma
reflexão em voz alta porque alguns pensam isto, mas não têm coragem de o dizer
alto”, vincou.
Adolfo Mesquita Nunes considera que esta discussão “pode ser prejudicial” para
a Covilhã, por um lado porque “a marca Serra da Estrela está na CIM Beiras e
Serra da Estrela” e por outro porque a indefinição sobre se fica ou sai “quando
se estão a discutir financiamentos” pode levar a que “ou não se ajude porque
está de saída ou o contrário”, afirmou, considerando que é preciso saber qual a
posição em definitivo da Covilhã.