Concluir a ligação Cortes do Meio – Penhas da Saúde é uma questão de “reconhecida importância” e uma promessa “dos últimos mandatos autárquicos”, mas que, “por razões desconhecidas”, está por realizar “passados mais de 20 anos”, acusou Jorge Viegas, presidente da Junta de Cortes do Meio, na Assembleia Municipal da Covilhã.
O autarca reclama justiça para a sua freguesia, e por consequência “para toda a zona sul do concelho”, e diz que “mais que nunca estão reunidas as condições para ela avançar”, também “para não se perder o investimento feito, quer pela Junta quer pela Câmara, e que ascende a cerca de um milhão de euros”, vincou.
Explicou que os cerca de 5,7 km que falta alcatroar já foram intervencionados, faltando apenas esse trabalho final, frisando que “a cada dia que passa se degrada mais o troço” o que significa que “se não for terminado o dinheiro gasto será perdido”.
Para Jorge Viegas “é má gestão” não concluir os trabalhos, e relembrou a Vítor Pereira, presidente da Câmara, que “há dois anos”, na inauguração da sede de Junta de Cortes do Meio, expressou a mesma opinião.
Em causa, segundo o presidente da Junta, está uma verba de cerca de 250 a 300 mil euros, que “a junta está também disponível para comparticipar” sublinhando pede “para se ter a coragem de gastar tostões, onde se podem perder milhões”.
O presidente da Junta afirma que a obra “não é um capricho”, mas uma “necessidade” da zona sul do concelho para “capitalizar o seu potencial, afirmando que não será compreensível “asfaltar a ligação ao miradouro do Alto dos Livros desde a estrada 309 (Covilhã/Penhas) e negar o acesso por Cortes do Meio”.
O autarca considera que esta via é também “uma verdadeira alternativa para ligação às Penhas da Saúde, em caso de impedimento da estrada Covilhã/Penhas.
Uma reivindicação justa, disse Vítor Pereira, sem se comprometer com a realização da totalidade da obra. O autarca explicou que face ao que está previsto para o Miradouro do Alto dos Livros, a autarquia “poderá ir um pouco mais longe”, mas “sem asfaltar a totalidade da ligação como se pretende”.
O autarca reconhece que “é um desperdício ter-se feito obras de requalificação do troço e que agora se deixem degradar”, pelo que, será equacionado, aquando da intervenção “à ligação ao Miradouro, fazer mais alguns quilómetros para baixo”.