A Ordem dos Médicos pediu hoje a todos os que tenham
equipamento de proteção individual certificado que não estão a usar,
designadamente em empresas obrigadas a encerrar e que usam esse material, que o
coloquem à disposição do país.
Numa nota enviada às redações, a Ordem dos Médicos (OM) lembra que o surto tem
levado ao encerramento de várias atividades profissionais, como consultórios de
estomatologia e medicina dentária, condicionando também atividades em fábricas
e oficinas ligadas à indústria automóvel, vidreira e de pinturas, onde é
habitual o uso de luvas, máscaras e viseiras.
“Continuam a chegar-me todos os dias vários relatos de médicos que trabalham
sem condições mínimas de segurança, por falta de equipamentos básicos para
todos os profissionais de saúde, como máscaras ou luvas”, escreve o bastonário
da OM, Miguel Guimarães.
O bastonário diz que a OM tem reiterado junto da tutela a importância de se
“distribuir massivamente” este material e de se reforçarem os stocks em
Portugal “para proteção de todos”.
Lembra ainda que os bons exemplos de países com mais sucesso no combate à
pandemia estão associados à disseminação do uso destes materiais, como em
Macau, ou à decisão de fazer testes em larga escala a bolsas de população,
permitindo detetar mais cedo os casos assintomáticos, como na Islândia.