A falta de máscaras à venda aguçou o engenho e surgiram soluções caseiras. Mas estas alternativas ainda não deram provas da sua eficácia. O perigo de contrair Covid19 pode até ser maior, alerta a DECO, Associação de Defesa do Consumidor, juntando-se assim a outros especialistas.
A associação cita um estudo publicado na BMJ Open, revista inglesa de divulgação científica na área da medicina clínica, saúde pública e epidemiologia, e que prova que as máscaras de tecido não são eficazes na prevenção de infeções respiratórias. O estudo, de 2011, realizado com profissionais de saúde, concluiu que a retenção de humidade, a reutilização de máscaras de tecido e a filtragem insuficiente podem aumentar o risco de infeção. Os casos de infeção foram significativamente superiores nos profissionais com máscaras de tecido. Outras investigações têm questionado o uso deste tipo de máscaras. A própria Direção-Geral da Saúde (DGS) refere que são de evitar, uma vez que podem acumular resíduos ou até partículas infecciosas, fazendo com que o risco de disseminação do vírus aumente.
O distanciamento social é por isso mais eficaz. Deve praticá-lo, junto com os restantes gestos de proteção. Importante é, caso possa, manter-se em casa.