A Pharmapoli, uma nova fábrica na Covilhã, tinha planeado começar a produzir cosméticos e dispositivos médicos no primeiro semestre deste ano, mas a Covid-19 fez a empresa antecipar a instalação da maquinaria e começar a trabalhar num produto que não estava previsto, uma solução hidroalcoólica.
A unidade fabril é liderada por duas irmãs, doutoradas em Ciências Farmacêuticas, Ana e Rita Palmeira de Oliveira, que disseram à Agência Lusa que viram na crise provocada pela pandemia uma oportunidade e, em vez de lhes criar problemas, decidiram orientar provisoriamente a produção para algo atualmente com muita procura.
A procura tem sido muita e a marca, a funcionar em instalações provisórias e ainda sem todo o equipamento previsto, pondera avançar para outros desinfetantes, como é o caso do gel. Os pedidos multiplicam-se e vão desde particulares a empresas, farmácias, lares, misericórdias. A maior dificuldade tem sido a aquisição de álcool, disseram ainda as responsáveis
A Pharmapoli ainda não sabe se os biocidas vão integrar a oferta da marca após a pandemia, uma vez que “o plano original será sempre mantido”.
Neste primeiro momento, foram investidos 20 mil euros, mas a intenção é, em setembro, começar a construir uma fábrica de raiz, que representa um investimento de 765 mil euros e, numa primeira fase, a criação de cinco novos postos de trabalho.