Na “Semana da Vacinação”, que decorre até dia 26, especialistas alertam para a falta de vacinação que está a ocorrer no país, por receio de idas ao Centro de Saúde. Algo que na Cova da Beira não se verifica, garante o presidente do agrupamento de Centros de Saúde nesta região.
“A falta de vacinação de crianças não é preocupante”, disse Manuel Geraldes, presidente do ACES Cova da Beira, em declarações exclusivas à Rádio Covilhã. Segundo o responsável, “apenas em um ou dois casos a vacinação não ocorreu”, frisa, explicando que ainda assim “as crianças estão dentro da janela temporal para a poderem realizar”. O clínico avança que o ACES irá contactar directamente estes casos e convocá-los para a vacinação.
O não levar as vacinas, em especial contra o sarampo, está a preocupar as autoridades de saúde a nível nacional.
Portugal, já regista tantos casos de sarampo, este ano, como em quase todo o ano passado e na Europa o surto começa a formar-se, alertam especialistas.
Com receio de contraírem a infeção por Covid-19, os pais vão adiando a deslocação aos Centros de Saúde, onde os filhos deveriam ser vacinados. Só entre 15 de março e 15 de abril, foram administradas em Portugal menos 13277 doses desta vacina.
Uma situação que “não pode nem deve acontecer”, refere Manuel Geraldes, que apela a que a população continue a dirigir-se ao Centro de Saúde, vincando que “é totalmente seguro”.
“Há dois circuitos de atendimento, o Covid e não Covid, e neste as pessoas têm toda a segurança para a administração das vacinas”, vinca o responsável.
Manuel Geraldes garante ainda que “na Cova da Beira não há casos de sarampo” e “apesar destes atrasos, que não são significativos, esperamos que não venham a existir”, salienta.
Até ao dia 26 de abril, assinala-se a Semana Europeia da Vacinação, uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) – Região Europeia que pretende sensibilizar para a importância da vacinação, na prevenção de doenças e na proteção da vida.
“A vacinação é o meio mais eficaz de prevenção de doenças infecto-contagiosas e, apesar de respeitar algumas pessoas que não pensam assim, não podemos concordar”, frisa Manuel Geraldes que “apela à vacinação de crianças, grávidas, portadores de doenças crónicas e outros grupos de risco, como forma de prevenção”.