O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já anunciou envio da proposta de prolongamento do Estado de Emergência para o parlamento. Na prática, pouco vai mudar e a regra é para manter as restrições. Belém vai repor o direito à greve, cortado nos anteriores estados de emergência, e não afasta novo decreto a 2 de maio. António Costa quer reabertura prudente, após avisos dos técnicos.
O próximo estado de emergência arranca no sábado para mais 15 dias, com menos limitações nos direitos dos trabalhadores, como o direito à greve, que vigorou no último mês, e deixará cair as medidas excecionais para as prisões, que culminaram com a libertação de dois mil reclusos. Mas, na prática, pouco vai mudar e a regra é para manter as restrições.
O país continuará fechado, com muita gente em casa em teletrabalho. Os controlos rígidos na circulação de pessoas e fiscalização dos setores económicos encerrados não só irão permanecer, como poderão acentuar-se no final do mês, devido ao fim de semana alargado do 1 de maio, semelhante ao que aconteceu na Páscoa.
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa não dão como certo que o decreto para o novo período de exceção, que hoje será conhecido, venha a ser o último. Ainda que o chefe de Estado tenha admitido, ontem, após ouvir os epidemiologistas, que já “começa a ver-se a luz no fundo do túnel”.