A Confraria da Cereja de Portugal reuniu para discutir a atual campanha e os problemas que os cerisicultores se deparam na colheita que agora iniciou, anunciam em comunicado onde salientam que “a pandemia não teve até ao momento impactos diretos na produção de cereja, mas estes vão verificar-se a partir de agora na apanha e comercialização”.
No que respeita à produção, a Confraria fala numa “quebra significativa” devido às condições meteorológicas adversas, designadamente a neve caída no fim de março, que “afetou as variedades que então se encontravam floridas”. Ao nível das festas e outros eventos “perderam-se todas as iniciativas relacionadas com a cerejeira em flor”, refere ainda.
Entre os produtores “reina uma atmosfera de incerteza, quanto à disponibilidade de mão-de-obra, quanto aos circuitos de comercialização e quantos aos valores que a venda atingirá”, descreve a Confraria. “Resta a dúvida se, num ano em que a produção é menor e as opções de venda mais reduzidas, o valor médio de comercialização compensará a dedicação de cerisicultores”, acrescenta.
A Confraria da Cereja de Portugal deixa ainda um apelo para que “num período onde se reforçou a unidade nacional” se consuma produtos regionais de qualidade.
