“Igor”é uma curta interativa portuguesa e é uma produção luso-brasileira feita por alunos do Mestrado de Cinema da Universidade da Beira Interior e vai estrear esta noite, no programa “Cinemax Curtas”, da RTP 2, que inicia por volta das 2h30.
Gravada na Covilhã a curta conta história de Igor, um jovem que acorda abruptamente numa sala escura. Perdido e confuso, procura uma saída em todos os cantos da divisão, sem sucesso. A única resposta que poderá encontrar, está além das três portas que se deparam à sua frente. A partir daí, a aventura de Igor começa, encontrando mais respostas ou mais dúvidas ao longo da viagem.
“Igor” será apresentado nos formatos de curta-metragem interativa, ao estilo de videojogo, onde se pretende descobrir uma abordagem à interatividade na arte do cinema e encontrar um ponto comum entre a singularidade da linguagem dos videojogos e a linguagem do cinema, que na sua essência, são dois espectros da discussão milenar sobre a definição da arte: uma exteriorização da expressividade e criatividade humanas, e em formato curta-metragem clássica.
“Igor” é o primeiro fruto de Igor Montoya, um coletivo de 6 alunos do Mestrado em Cinema da Universidade da Beira Interior, que defende que uma peça de cinema nunca deve ser assinada apenas pelo realizador, sendo que o processo criativo é partilhado por todos equitativamente, e que todos os departamentos ligados à produção de um filme, desde a direção de arte até à montagem são igualmente importantes.
A primeira curta-metragem portuguesa interativa surgiu em 2005, em Castelo Branco, na Escola Superior de Artes Aplicadas, e intitula-se “Judith”, um filme jogável de Bruno Maioral. Foi produzida em âmbito académico e conta a história de um jovem que acorda desorientado, sem memória, e foi também filmada maioritariamente na Covilhã.