“As Freguesias do concelho da Covilhã deste lado do rio, incluindo o Ferro, têm sido filhos menores do concelho da Covilhã”. A declaração é de Paulo Cunha Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia do Ferro, que falava aos jornalistas após a sessão solene da assembleia de freguesia comemorativa dos 25 nos de elevação a vila.
Já durante o discurso o autarca sublinhou que “os orçamentos das freguesias são insultos” e que os presidentes de juntas “são pedintes da freguesia”. Especificou depois aos jornalistas que no caso do Ferro, “nos últimos 40 anos, tem sido uma guerra para que nos oiçam”, especificando que, por exemplo, “em termos rodoviários ou de infra-estruturas ou não temos ou estamos atrasados”.
As críticas oram também para o plano de urbanização, ou a ausência dele, que faz com que o Ferro tenha “mais de 200km de caminhos públicos em terra batida e a Serra com casas por tudo quanto é lado”, o que “para a junta é um drama, pois não tem dinheiro, nem poder e nem autoridade para resolver as situações que tal acarreta”, elencando por exemplo o abastecimento de água, saneamento, caminhos, eletrificação.
Paulo Cunha Ribeiro refere mesmo que a melhor prenda que poderia receber “era celeridade a conceder o que pediu recentemente à autarquia”, referindo-se ao “alcatroamento de caminhos, quase dentro do núcleo urbano” referindo que a verba envolvida é de cerca de 40 mil euros.
Uma pretensão que poderá ser atendida em breve pela autarquia, deixou antever o presidente da Câmara Municipal, Vítor Pereira. O autarca frisa que em breve a câmara irá retomar os trabalhos nas vias de comunicação, uma vez que o tempo o permite, e nesse sentido “há reivindicações da Freguesia do Ferro que serão contempladas”, disse aos jornalistas.