O plano que está a ser negociado entre a Câmara Municipal da Covilhã e as organizações de produção florestal gestoras de equipas de sapadores florestais pretende que, anualmente, a limpeza das faixas de gestão de combustível seja a “adequada e atempada”. Envolve cerca de 700 hectares e meio milhão de euros, disse à nossa reportagem José Armando Serra dos Reis, vereador com o pelouro das florestas.
O vereador explica que a proposta da autarquia já foi apresentada às organizações florestais, numa reunião conjunta no passado dia 8 e visa “a limpeza anual das faixas de gestão de combustível da rede viária, em todas as freguesias do concelho, bem como os terrenos públicos municipais”.
Segundo José Armando Serra dos Reis, é um plano “arrojado” que irá também contribuir para “a sustentabilidade das 6 equipas de sapadores florestais do concelho, que representam quase meia centena de postos de trabalho”.
A proposta está a ser ultimada na Câmara Municipal, “de acordo com as sugestões das organizações”, disse ainda o autarca, vincando que “a versão final irá depois ser analisada pelo executivo”. O vereador sustenta que “poderá estar em vigor já no próximo outono/inverno”.
Serra dos Reis recorda que estas intervenções “não acabam com os incêndios, mas minimizam e ajudam na defesa de pessoas e bens”.
Recorda também que a intervenção nas faixas secundárias, que são da responsabilidade dos proprietários, sempre que “eles não o fazem é o município que tem que os substituir, apresentando custos aos donos, e esta é uma parte do plano que está também a ser estudada”. “O objetivo final é que, em maio, em todo o concelho, as faixas de gestão de combustível estejam limpas”, refere.
Um trabalho que “este ano está atrasado” reconhece o vereador, vincando que este foi um ano atípico também devido à pandemia, ainda assim “temos que responder minimamente”, disse, acrescentando que “quando o risco de incêndio é máximo não se pode intervir, mas ainda assim serão corrigidas algumas situações mais gravosos”.
Com o plano pretende-se cumprir os prazos, “com vista à segurança de pessoas e bens, mas também evitar coimas que representam custos elevados para os proprietários e para a própria câmara”, concluiu Serra dos Reis.
O protocolo envolve o Agrupamento de Baldios Estrela Sul, os Conselhos Diretivos dos Baldios de Atalaia-Teixoso, Cortes do Meio, Erada e a associação Queiró.