“Um dos nossos desígnios maiores é a fixação de pessoas no interior promovendo a atração de investimento, porque todos sabemos que se houver emprego no interior qualquer um quer aqui viver” disse ontem à tarde a Secretária de Estado da Valorização do Interior.
Isabel Ferreira falava aos jornalistas no Parque Industrial do Canhoso, após a visita a duas empresas, a Mepisurfaces e a Jopama, que a governante considerou “um exemplo para o país porque criam postos de trabalho e trabalho jovem”, sustentando que “quando há um território, como este, que tem ensino superior, investigação, inovação, empresas e uma autarquia com estratégia definida há projetos bem-sucedidos e que criam emprego”, frisou.
Isabel Ferreira veio ao concelho da Covilhã reunir com empresários para apresentar algumas das medidas do Programa de Valorização do Interior, nomeadamente as orientadas para a criação de emprego e captação de investimento, “muitas delas exclusivas para o interior”, disse.
A governante destacou o programa “+Coeso” que permite “financiar integralmente postos de trabalho em empresas e no setor social e garante ainda mais 40% de financiamento para investimento no que for necessário para esses postos de trabalho”.
Para além desta medida de “empregabilidade”, destacou ainda medidas de “mobilidade para o interior”, tanto para empresas como para o setor público que também serão apoiadas pelo estado.
De resto a governante salienta ainda medidas exclusivas para o interior para a contratação de profissionais “altamente qualificados”, cuja primeira fase de candidatura já fechou e que permitiu 24 candidaturas que estão agora a ser analisadas, revelando que “haverá ainda um segunda e terceira fases neste projeto”.
A inovação também não está afastada deste programa de valorização do Interior, que tem no programa “+Coeso Digital” ferramentas para apoio “à transição digital, fundamental no país e em particular no interior”, disse Isabel Ferreira.
A Secretária de Estado destacou a importância destas medidas, frisando que “não se pode simplesmente atirar dinheiro para os problemas que eles não se resolvem”. É necessária “uma estratégia pensada entre os atores no terreno, como autarquias, empresas e entidades do sistema científico e tecnológico associando o setor secundário”, referiu.