Aumentar o número de alunos em todas as valências do Conservatório Regional de Música da Covilhã, chegar aos mil sócios no Orfeão e atingir a sustentabilidade financeira nos próximos 4 anos, são algumas das metas que a recém-eleita direção do Orfeão da Covilhã pretende atingir, disse ontem ao fim da tarde o presidente da direção, Pedro Guedes de Carvalho.
O responsável falava em conferencia de imprensa e frisou que a instituição, que tem nesta altura cerca de 400 sócios, “com boas campanhas, pode atingir a meta dos mil associados”.
“Fazer com que todas as crianças do concelho tenham contacto com uma experiência artística, seja na música, na dança ou até no teatro” é outro das metas a que se propõe o elenco diretivo, disse.
Quanto ao Conservatório, Pedro Guedes afirmou que acredita “piamente” no potencial da instituição apresentando os recursos humanos como a grande mais valia. “Têm muita qualidade, desde o corpo docente ao não docente, para além de uma média de idade muito baixa, o que nos dá um potencial enorme, também na inovação”, sustentou.
Na área da música a escola vai manter a oferta formativa de anos anteriores, nos vários regimes, desde o articulado ao supletivo. No ensino articulado, financiado pelo estado, uma vez mais “vai haver mais candidatos que vagas na escola”, disse o diretor pedagógico desta área, Carlos Salazar, “embora este ano tenha havido menos candidatos, também devido á pandemia, mesmo assim são mais do que vagas”, disse.
Esta é, de resto, o único regime na música em que as inscrições já estão encerradas.
Na dança houve “um aumento da procura no ensino articulado” disse a coordenadora Ana Seixas, sustentando que “ainda não se está com o mesmo nível de procura da música”, pois esta “é uma área mais recente” e a “carga horária semanal que é exigida ainda assusta os encarregados de educação”, frisou.
O Conservatório é a única escola oficial de dança nesta faixa interior do país, recordou Ana Seixas.
Para além da área artística o Conservatório tem ainda o ensino regular, desde o pré-escolar ao segundo ciclo, “com uma oferta diversificada de atividades integradas na mensalidade”, explicou o coordenador João Sá Pinho.
“O Conservatório não é uma escola elitista” disse o responsável, salientando que “contas bem feitas a todas as atividades, como atl, atividades artísticas, científicas, línguas e ciências e todas nas mesmas instalações, a mensalidade é barata”, vincou, considerando que a escola é “um excelente investimento para quem quer apostar na formação e educação das suas crianças”, disse
Referir que atualmente frequentam o Conservatório de Música da Covilhã cerca de 150 alunos no ensino regular, 300 na área da música e cerca de 130 na dança.
Conseguir financiamento para o ensino integrado, já para o próximo ano letivo, é uma das possibilidades “para aumentar o número de alunos” disse Pedro Guedes de Carvalho.
O presidente considera que a redução no número de alunos por turma que as escolas terão que fazer e a falta de espaço de que dispõem, pode ser uma oportunidade para o Conservatório captar alunos para esta modalidade de ensino e para sensibilizar o Ministério da Educação para este financiamento.