Vinte mulheres foram assassinadas desde o início do ano, registando-se ainda 29 tentativas de femicídio, 25 das quais nas relações de intimidade, anunciou hoje o Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA), em comunicado enviado à agência Lusa.
Os dados preliminares do OMA, grupo de trabalho da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), apontam para 10 “femicídios íntimos”, associados a relações de intimidade atuais, passadas ou pretendidas, e 10 assassínios em outros contextos, por motivos financeiros, na sequência de assalto ou outros.
Dos 10 femicídios íntimos, “mais de metade ocorreu já após o período de confinamento obrigatório, entre junho e agosto” na sequência da pandemia de covid-19, realça Cátia Pontedeira, do OMA, em declarações à Lusa.
Segundo os dados recolhidos até sábado, dia 15, com base em notícias de mulheres assassinadas e de tentativas de assassinato, além das 25 tentativas de femicídio em contexto de intimidade, ocorreram dois homicídios na forma tentada contra mulheres em contexto de violência doméstica que foram perpetrados contra as mães.
Registou-se ainda uma tentativa “por motivos de género” e uma outra por motivos financeiros, acrescenta a OMA.