O Centro Social Nossa Senhora da Conceição de Vila do Carvalho vai entregar ao Ministério Público (MP) o caso de 30 mil euros que estão em falta nas contas da instituição.
Segundo explicou o presidente da assembleia geral à Rádio Clube da Covilhã, “não há provas de que esse dinheiro tenha entrado no lar, mas não quer dizer que isso não tenha acontecido”, salienta. João Quelhas Gaspar avança que em assembleia geral foi decidido “avançar com o processo para o Ministério Público, e nesta altura as advogadas estão a preparar o processo para entregar após as férias judiciais”.
Sem querer apontar dedo a quem quer que seja, Quelhas Gaspar afirma que “é cedo para se falar em crime”, mostrando-se convicto que pode haver “outra explicação” para “a discrepância nas contas”, como “documentos que não foram emitidos ou outro motivo” que não envolva situações ilegais.
O responsável explica também que desde que os atuais órgãos sociais tomaram posse, e “porque o passar da pasta não foi pacífico”, o contabilista fez uma “revisão das contas, desde o período em que é percetível que este problema acontece, e verificou que há utentes que estão em divida”. Adianta que os órgãos sociais não quiseram questionar diretamente os envolvidos, que nalguns casos envolve familiares que já faleceram, frisando que o que sabem é que “há um valor que não está nas contas, nem há documentos. A única forma de saber se entrou ou não é se as pessoas em causa provarem que pagaram”. Quelhas Gaspar adianta que essa é uma pergunta que formalmente as advogadas irão fazer para instruir o processo.
“Este é um problema que só o tempo e as instâncias próprias irão resolver”, conclui o presidente da Assembleia Geral.