O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Mao, considerou não existirem motivos que justifiquem um novo encerramento de fronteiras entre Portugal e Espanha, defendendo antes um reforço das medidas preventivas da doença de covid-19.
“Não vejo que a situação atual da pandemia de covid-19 nos dois países justifique o encerramento de fronteiras. Há um aumento do número de casos de infeção nos dois países, mas não está a pôr em risco os hospitais, nem as Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Por outro lado, também não está a registar-se um aumento do número de mortes como aconteceu durante o período de confinamento, quando foram repostas as fronteiras”, afirmou o responsável.
Em declarações à agência Lusa, a propósito de uma eventual nova limitação à mobilidade entre os dois países, no âmbito da avaliação à evolução da covid-19 que os governos dos dois países vão fazer nos próximos dias, o secretário-geral da associação transfronteiriça explicou que a evolução da doença na Galiza “está a ser vivida com normalidade” e adiantou “não estar em cima da mesa novo confinamento”.
“Tanto quanto sei, em Portugal esse cenário também não está em cima da mesa. A subida do número de casos da doença está relacionada com o período de férias, mas a situação sanitária está longe de ser aquela que motivou o confinamento em março”, reforçou.
Xoan Mao defendeu a necessidade de “serem reforçadas as medidas de prevenção da doença”.
“Há que reforçar e muito as medidas de prevenção, que foram um pouco esquecidas durante o período de férias, mas não vejo motivos para novo encerramento das fronteiras. Se isso acontecesse seria um autêntico desastre financeiro”, reforçou.