Vítor Pereira “exige” que a rede de transportes suburbanos e intermunicipais, que serve o concelho, tenha as mesmas carreiras que existiam antes da pandemia. “Queremos que toda a rede seja considerada serviços essenciais” e que a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela “negoceie com as operadoras a sua reposição”.
Uma exigência que o presidente já fez chegar à CIM, disse à Rádio Clube da Covilhã o chefe de gabinete de Vítor Pereira, Hélio Fazendeiro.
Na sua argumentação Vítor Pereira considera “inaceitável” que em Lisboa e Porto a rede de transportes já esteja a funcionar a 100%, considerando “injusto que no interior haja mais este custo”.
“A rede de transportes que existia antes da pandemia já era insuficiente”, reconhece a autarquia, e “é intolerável e inaceitável, do ponto de vista político, que as áreas metropolitanas já tenham reposto a rede de transportes que existia antes da pandemia e que no resto do país isso não aconteça”, sustenta.
Referir que no concelho da Covilhã há duas instituições que têm sob a sua alçada transportes. Os urbanos têm como autoridade de transportes a Câmara Municipal da Covilhã, já os suburbanos e intermunicipais são da responsabilidade da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.
No caso dos suburbanos, a sul do concelho são na sua maioria assegurados pela Auto Transportes do Fundão e a norte pela Transdev.
Antes da pandemia, as duas operadoras não recebiam compensações para realizar estes serviços ficando com o valor pago pelos transportes escolares e restante bilheteira.
Uma e outra operadora, com a quebra acentuada de receitas em tempo de pandemia deixaram de ter interesse financeiro e passaram a realizar só as carreiras consideradas “serviços essenciais” recebendo da Comunidade Intermunicipal compensação financeira para o fazer.
A partir de hoje, dia 17, há algumas linhas que serão repostas. “As que dizem respeito aos transportes escolares e que foram contratadas pela Câmara Municipal da Covilhã” explica Hélio Fazendeiro.
Os horários avança ainda o chefe de gabinete de Vítor Pereira, “nalguns casos não são os mesmos, uma vez que as escolas ajustaram horários e há mesmo carreiras que não serão repostas, desde que nas localidades não haja alunos”, uma vez que se está a falar da rede de transporte escolar, contratado pelo município.
Vítor Pereira exige à CIM que “a rede pré-pandemia seja considerada serviço essencial e as linhas sejam todas repostas.