Com base num inquérito enviado aos 21 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, AE/ENA, dos 11 concelhos do distrito, a que todos responderam, o Sindicato de Professores da Região Centro, conclui que há lacunas graves no arranque do ano letivo.
Da análise feita ao documento o sindicato conclui que em 76% das escolas não são respeitadas as normas de distanciamento físico e constituição de pequenos grupos que a Direção-Geral da Saúde defende como medidas de prevenção, sendo que em relação aos produtos de limpeza e desinfeção, mais de metade dos AE/ENA (52,3%) afirma que a verba disponibilizada é insuficiente, com 9.5%% a garantir não ter recebido qualquer reforço de verba.
Sobre os recursos humanos, de que já havia queixas de insuficiência antes da pandemia, o sindicato constata que o problema agora se agravou. Segundo os dados recolhidos em 80.95%, dos AE/ENA, faltam assistentes operacionais, “sendo este um dos problemas mais sentidos pelas escolas”, frisam os sindicalistas.
Em 80,95% dos AE/ENA continuam a faltar professores no dia que abre o início do ano letivo, acrescenta ainda o SPRC.
Relativamente aos alunos com necessidades educativas especiais, 38,09% dos AE/ENA afirmam não ter obtido qualquer reforço de recursos (docentes, técnicos especializados ou pessoal auxiliar), com vista à superação dos défices que resultam do designado ensino a distância.
O Sindicato conclui que em 90,4% das escolas, por falta de recursos humanos ou de condições de segurança sanitária, os diversos espaços da escola irão funcionar de forma limitada ou, em alguns casos, nem sequer abrirão. No que respeita a encerramentos, o espaço mais afetado será o bar que, em 28,5% dos AE/ENA, permanecerá encerrado.