Subiu para 40 o número de doentes internados no Centro Hospitalar universitário da Cova da Beira (CHUCB) com Covid-19 e há mais um parto registado na Unidade de Saúde, em que também o bebé teve teste negativo, o diretor do Hospital à RCC. No CHUCB há 11 profissionais infetados e 18 em isolamento profilático, avança ainda o responsável.
João Casteleiro, presidente do Conselho de Administração do CHUCB frisa que “a grande maioria dos internados tem mais de 80 anos e são doentes com outras patologias associadas”, frisando que “só o fator da idade já tem alguma gravidade” e “esta doença é imprevisível, podem estar bem de manhã e à tarde terem necessidade de meios diferenciados, por isso é que estão internados”, referiu.
O diretor do Centro Hospitalar adianta também que já estão concluídas as obras na área dedicada à Covid-19 na Unidade de Cuidados intensivos, que levaram à criação de 2 quartos de pressão negativa e que estarão aptos a receber doentes na segunda-feira.
Quanto á atividade programada no Centro Hospitalar João Casteleiro frisa que, nesta altura, “é preciso fazer uma gestão do dia-a-dia” e que estão a evitar “que as cirurgias programadas tenham pós operatórios que impliquem internamentos prolongados”, porque as camas podem ser necessárias. O responsável vinca que “cada dia é preciso fazer essa gestão”.
Referir que no hospital realizou-se mais um parto de uma mulher infetada, sendo este o segundo caso em poucos dias. Em ambas as situações os bebés tiveram teste negativo.
João Casteleiro considera esta uma situação delicada, particularizando que “as parturientes são tratadas como deve ser e com todas as regras, mas não é como se não tivessem nada, porque são mulheres que estão infetadas”. Frisa que se tenta compensar o afastamento que é necessário com as novas tecnologias, mas “mas a frieza de um telemóvel não substitui o calor de uma mão humana”, vinca.
“São mulheres que estão fragilizadas, mas não podemos permitir abraços, nem proximidade e por isso às vezes sentem-se abandonadas, mas é preciso que profissionalmente se entenda que estão infetadas”, reforça.
João Casteleiro sublinha uma vez mais a importância do uso da máscara, do distanciamento físico e da desinfeção das mãos como medidas de prevenção da transmissão do novo coronavírus.