Há retaguarda preparada para enfrentar esta segunda vaga da pandemia, até de forma “mais afinada do que estava antes”, garantiu o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, esta sexta-feira na reunião pública do executivo, em que os vereadores da oposição participaram por videoconferência.
O autarca respondia a Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP), que questionou o executivo sobre os meios que estão a ser utilizados para “mitigar” os contágios na população, em especial a mais vulnerável. Relembrou ainda as várias iniciativas que aconteceram na primeira vaga, como “hospitais de campanha” e “protocolos com unidades hoteleiras” para receberem profissionais de saúde ou pessoas em isolamento, questionando se nesta segunda vaga também está a ser feito algo sobre esta matéria.
Vítor Pereira garante que “pode até haver a perceção de que se está a fazer menos que na primeira vaga”, mas vinca que “tudo está mais afinado do que antes”.
O presidente da Câmara afirma que “há preparação para um eventual agravamento mais acentuado da pandemia”, com 197 locais diferentes para serem usados como retaguarda, que “felizmente ainda não foram necessários” destacou. Afirma ainda que há uma estrutura com “42 quartos individuais com wc, para poderem ser utilizados por quem necessite para fazer isolamento, ou até mesmo para IPSS” e que está em “prontidão operacional, um alojamento sanitário, para profissionais de saúde”, numa unidade hoteleira com 30 camas, referiu.
Sobre a realização de testes o autarca garante que estão a funcionar no concelho dois covid drives, ambos no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, um do próprio hospital e outro que substitui o que existia no Complexo Desportivo da Covilhã, que continua a contar com o apoio do laboratório da Universidade da Beira Interior.
O autarca explicou ainda que os testes que estão a ser realizados foram adquiridos pela Câmara Municipal do Fundão (mil testes), uma vez que na fase inicial foi a câmara Municipal da Covilhã que adquiriu 2 mil.
Sobre esta matéria Carlos Pinto, vereador independente, criticou a atuação da Autoridade Local de Saúde.
O eleito pelo movimento “de Novo Covilhã” afirma que “à semelhança do que se passa a nível nacional”, também a nível concelhio, “os responsáveis pela saúde deveriam, semanalmente ou quinzenalmente,” fazer o ponto da situação para que “não se acorde de um dia para o outro no município da Covilhã, onde tudo estava calmo, e se passe para os 410 casos por 100 mil habitantes que é uma brutalidade”, disse.