O que tornou este fenómeno conhecido como “Estrela de Bélem” foi o facto de muitos acreditaram que foi a estrela que guiou os três Reis Magos até ao local onde Jesus nasceu. Este ano, e mais de 800 anos depois, a Estrela de Belém vai voltar a ser visível a partir da Terra revestindo-se de maior significado por ocorrer próximo do Natal.
O fenómeno astronómico acontece devido à junção de Júpiter e Saturno, que vão formar uma espécie de planeta duplo, entre os dias 16 e 21, com o auge a ser atingido por volta do dia 21 de dezembro, muito próximo do Natal, naquela que será a noite mais longa do ano no Hemisfério Norte.
A atribuição do nome Estrela de Belém surge da crença de que a estrela que guiou os reis magos terá sido precisamente uma conjunção planetar, ainda que, segundo os especialistas, os planetas mais próximos na altura fossem Vénus e Júpiter.
A última vez que Júpiter e Saturno estiveram tão próximos foi em 1623, mas as condições para que o fenómeno fosse visível a olho nu a partir da Terra não foram tão ideais como as de 1226, altura em que esta formação de planeta duplo poderá ter sido avistada pela última vez.
Quem deixar fugir esta oportunidade só terá oportunidade de ver uma conjunção destes dois planetas daqui a 60 anos, até lá o fenómeno repete-se mas não será visível.
O alinhamento entre Júpiter e Saturno deste ano será o mais próximo entre os dois planetas desde há 400 anos, como divulgou a NASA.
Júpiter e Saturno cruzam-se relativamente ao nosso planeta a cada 20 anos, um fenómeno relativamente frequente à escala, mas nunca, desde o século 17, estiveram tão perto entre si. Para além disso, ao que tudo indica, será a primeira vez em 800 anos que este fenómeno é visível no céu noturno.