O coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco, USCB, Sérgio Santos, em nota de imprensa, acusa o diretor regional da Segurança Social de comportamento “desrespeitoso” e avança que “se não receber uma delegação da USCB a bem, será de outra forma”.
Segundo explicam os sindicalistas, enviaram e-mail à Segurança Social a pedir uma reunião, para dia 8, para questionar quantas e quais as empresas que estiveram em lay-off para tornarem pública essa informação.
Especificam, que por parte da Segurança Social foi declinado o pedido de reunião “para não haver aglomerados de pessoas”. Quanto aos dados solicitados, a USCB não ficou satisfeita com a resposta porque apenas foram fornecidos “dados desagregados por concelho, por questões de segredo estatístico”, refere o documento.
A USCB frisa que esta é uma “tentativa tosca de fugir ao diálogo e à prestação de contas” por parte do diretor regional, pelo que o coordenador da USCB manteve o propósito de reunir informando que a delegação seria de apenas 3 pessoas, ao não obter resposta pressupôs que a reunião se mantinha.
Na hora marcada a porta da Segurança Social “estava fechada” e a USCB afirma que este é um comportamento “ofensivo e desrespeitoso, pois, se houve um imprevisto (e pode haver), o dever era ter comunicado a informar”. Acrescenta que “não vamos permitir o desrespeito, a falta de educação e a marginalização da maior e mais representativa organização social do distrito”, sustenta a organização sindical.
Os sindicalistas vincam ainda que o diretor regional da Segurança Social “pode preferir reunir com os patrões e dar-lhes cobertura, mas ele vai ficar a saber que connosco quando “Maomé não vai à montanha vai a montanha a Maomé”, e se não receber a bem vai receber de outra forma, goste ou não goste”.
A USCB reitera que a “Segurança Social não pode viver e ser gerida na obscuridade, na opacidade e na falta de prestação de contas”, exigindo a “publicitação dos dados” das empresas em lay-off, “respeitando naturalmente a privacidade das pessoas, mas dizendo quem recebe, como recebe e como o gasta. Estamos a falar do dinheiro de todos nós e o nosso dinheiro não pode ser usado sem o devido controlo e transparência”.
A União dos Sindicatos afirma que aguarda “que o diretor se redima da afronta que nos fez e rapidamente marque uma reunião connosco. Se o não fizer voltaremos ao Centro Distrital da Segurança Social e nessa altura reunirá, queira ou não queira”, concluem.
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