O Sindicato Têxtil da Beira Baixa solicita às Associações Patronais que seja feito o agendamento de reuniões de negociação de novos salários para todos os trabalhadores.
A estrutura sindical afirma em nota de imprensa enviada à RCC, que em 2020 “os trabalhadores do sector não tiveram qualquer aumento salarial”, uma vez que, as Associações Patronais “decidiram suspender as negociações salariais” para esse ano.
Os sindicalistas frisam que da “atitude anti negocial resultou que uma parte dos trabalhadores tiveram o aumento que resultou da atualização do Salário Mínimo Nacional para os 635 euros e um número significativo de trabalhadores não teve qualquer aumento, acentuando assim a desmotivação, o descontentamento e a revolta que vai grassando nas empresas, já que as qualificações e competências não são devidamente reconhecidas e remuneradas”.
Em Janeiro de 2021 há uma nova atualização do Salário Mínimo para os 665 Euros e, “não havendo negociações para tabelas salariais que abranjam todos os trabalhadores, mais trabalhadores vão por ele ser abrangidos e mais se acentuam as injustiças contra os trabalhadores das categorias acima do Salário Mínimo Nacional”, vinca o sindicato.
Na opinião da estrutura sindical “nada justifica este bloqueio, tanto mais que após um período de forte redução da atividade produtiva nos meses de Março a Maio nos nossos sectores, a partir do mês de Junho verificou-se um aumento da atividade produtiva e naquele período quase todas as empresas foram financiadas pela Segurança Social e o IEFP no quadro do recurso ao LayOff”.
“Não há razões sérias para manter o congelamento dos salários imposto pelas empresas, pois, nada impede as empresas de negociarem melhor salários e melhores condições de trabalho ao nível de cada uma delas”, acrescentam.
O Sindicato Têxtil da Beira Baixa reitera “que se for necessário, devido à pandemia”, se pode “recorrer aos meios informáticos para que tais reuniões se concretizem”.