Francisco Poleina, de 84 anos, foi o primeiro a ser vacinado no centro de vacinação da Covilhã, passavam poucos minutos das 14:00 desta quinta-feira, quando, na estrutura instalada no pavilhão da ANIL, começou a vacinação dos maiores de 80, não residentes em lares.
Sempre bem-disposto e conversador, disse no final que não teve qualquer receio e que “foi igual” à vacina que leva “todos os anos no posto médico”, referindo-se à vacina da Gripe.
O centro de vacinação da Covilhã vai inocular mais de 300 idosos este fim-de-semana, num processo que se “deverá estender até final de março”, disse Manuel Geraldes diretor executivo do Aces Cova da Beira, explicando que começam “pelos mais idosos” e que o centro irá funcionar de segunda a sábado.
O responsável esclarece que o centro vai “duplicar a capacidade diária de vacinação logo que se comecem a administrar segundas doses”, vincando que poderão chegar a cerca de 1.344 por semana.
O Centro de vacinação está em exclusivo para os maiores de 80, no entanto Manuel Geraldes deixa em aberto a possibilidade de, “caso se verifique que é funcional”, avançar também neste local com a vacinação de pessoas entre os 50 e os 65 anos, com patologias associadas, sendo neste caso administrada a vacina da Astrazeneca.
O processo de vacinação é coordenado pelo Aces Cova da Beira com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã e de um conjunto de entidades “sem as quais não seria possível”, frisa o responsável, nomeando os Bombeiros, PSP, GNR, Proteção Civil e IPSS, afirmando que se não se congregassem estes esforços não seria possível “dar esta esperança à população”, disse.
O diretor executivo do Aces deixa ainda uma palavra aos profissionais dos centros de saúde, uma vez que “só com o seu esforço é possível realizar o plano de vacinação da melhor maneira”.
Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã assistiu aos primeiros momentos de vacinação neste centro e falou também em “janela de esperança”, ao referir-se à vacinação.
O autarca frisa também que “é um passo importante estar a seguir as regras da DGS ao vacinar os mais vulneráveis”.
O Município “vai fazer tudo o que esteja ao alcance” para facilitar o acesso às vacinas, tendo por isso “um grupo de viaturas que vai estar afeto a este serviço e que poderá ser utilizado por quem não se possa deslocar por meios próprios”, sustentou ainda o autarca.