Três instituições da Cova da Beira apresentam futura ERPI em Caria

A Plataforma Supramunicipal de Intervenção Social da Cova da Beira, foi apresentada, esta sexta-feira, pelas três instituições fundadoras do projeto. A iniciativa da Mutualista Covilhanense, da Santa Casa da Misericórdia de Belmonte e da Associação de Solidariedade Social da Freguesia de Silvares pretende criar, em Caria, uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) qualificada na área das demências.

O presidente da direção da Mutualista Covilhanense, Nelson Silva, afirmou que o grande é objetivo desta iniciativa é “a promoção da cooperação institucional assente em projetos que vão permitir responder de forma solidária às novas realidades sociais que temos na população mais idosa”.


Nelson Silva, revelou que a Estrutura “vai ter uma capacidade até 80 utentes” e o investimento “está na ordem dos 4 milhões de euros”.

O projeto irá criar pelo menos 60 postos de trabalho diretos, ainda assim, “há um conjunto de recursos humanos que esta Estrutura vai ter a mais em relação a qualquer uma das nossas estruturas”, uma vez que é direcionada a idosos com demência, explicou.

O arquiteto responsável pela obra, Adelino Minhós, afirmou que o edifício ficará dividido em três pisos e terá um pátio interior. Terá 44 quartos, “35 duplos e 9 singles, todos eles de iguais características, o que permite uma polivalência na utilização futura da infraestrutura”.

Adelino Minhós frisou que o projeto foi pensado para que “os utentes da ERPI possam estar em permanente contacto com o exterior, ou seja, de poderem ter aqui uma vivencia entre interior e exterior de uma forma controlada” e destacou a construção de uma “rampa”, dado que irá permitir retirar as pessoas do primeiro piso mais facilmente, em caso de emergência.

O presidente da Câmara Municipal de Belmonte, António Dias Rocha, referiu que este “é um investimento para colmatar uma carência brutal” e disse ainda que vão poder “ajudar pessoas que precisam da nossa intervenção e apoio através de um tratamento qualificado, profissionalizado e que provavelmente vai tirar sofrimento a eles e às suas famílias”.

José Figueiredo, presidente da Santa Casa Misericórdia de Belmonte, considera que “apesar de ser um investimento de grande envergadura, temos condições de o levar por diante e não é só uma estrutura normal de um lar, vai ter uma expressão maior na intervenção social destes três concelhos”.

João Morgado, presidente da Assembleia-Geral da Mutualista Covilhanense, referiu que “este é um projeto exigente para todos e também para a Associação Mutualista Covilhanense”. O dirigente defendeu que esta iniciativa “mostra que é possível e desejável unir três instituições de três concelhos diferentes para viabilizarem um projeto comum e suprirem uma necessidade que é de todos”.

As três instituições parceiras estimam que o projeto tenha início ainda este ano e que esteja concluído em 2022.