A Guarda Nacional Republicana (GNR) iniciou ontem, dia 22 de fevereiro, a fase de monitorização e sensibilização da Campanha Floresta Segura 2021, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da Unidade de Emergência, de Proteção e Socorro (UEPS) e dos Comandos Territoriais, “para prevenir comportamentos de risco, com a finalidade de garantir a segurança das populações e do seu património e salvaguardar o tecido florestal nacional”, foi hoje anunciado.
Em comunicado a GNR informa que esta fase, que decorrerá previsivelmente até ao dia 31 de março, pretende “sensibilizar a população em geral, sobretudo as autarquias, agricultores, caçadores, produtores florestais e a comunidade escolar, para o cumprimento das faixas de gestão de combustível em terrenos confinantes com edificações e junto à rede viária e sobre o uso do fogo”.
Na região esta ação iniciou-se no concelho do Fundão, nas freguesias de Alcaide, Alcaria, Alcongosta, Fatela, Pêro Viseu, União de Freguesias de Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo onde foram detetadas, no primeiro dia, 42 situações de incumprimento.
A GNR vai percorrer as restantes freguesias daquele município, seguindo depois para a Covilhã, dia 27. Nesse primeiro dia no concelho a monitorização incidirá nas freguesias de Ferro, União de Freguesias de Cantar-Galo e Vila do Carvalho, União de Freguesias de Covilhã e Canhoso e Boidobra.
A 28 de fevereiro será a vez das freguesias de Orjais, Peraboa, Verdelhos, União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo, União de Freguesias de Vale Formoso e Aldeia do Souto.
Após a fase de sensibilização, seguir-se-á a fase de fiscalização. No ano passado, a GNR, a nível nacional, sinalizou numa primeira fase mais de 24 mil situações de incumprimento da gestão de combustível, sendo que 14 mil registaram-se em freguesias prioritárias. Numa segunda fase, por se encontrarem ainda situações de incumprimento, foram elaborados 6 257 autos de contraordenação.
No que diz respeito aos incêndios rurais, a GNR registou 4 892 crimes de incêndio florestal, tendo resultado na detenção de 51 pessoas e na identificação de outras 379, realçando-se que cerca de 23% das ocorrências tiveram origem na realização de queimas e queimadas.
A proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das prioridades da GNR, sustentada numa atuação preventiva, com o envolvimento de toda a população e demais entidades públicas e privadas, na salvaguarda da vida humana e na segurança do património de Portugal e dos portugueses.