A exposição “Suspensão”, que surge no âmbito da candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da UNESCO em Design, do artista Luís da Cruz foi ontem apresentada.
O artista multimédia, designer e curador, natural da Covilhã, explicou que a inspiração para esta obra surgiu depois de uma sessão fotográfica realizada com o seu primo pelas “ribeiras e pontes do concelho”.
O contacto com a “dona Odete”, proprietária do palete onde decorreu a apresentação da exposição, surgiu de forma natural e “fez todo o sentido realizar aqui esta iniciativa porque aqui também houve uma vida e agora está tudo paralisado tal como nós todos estamos”, afirmou Luís da Cruz.
A pandemia da covid-19 e o facto de já viver há 25 anos na cidade de Nova Iorque levaram o artista a regressar à terra onde nasceu, a Covilhã. Luís da Cruz reiterou que encontra aqui o lugar ideal para “descansar, recarregar baterias, para me regenerar e inspirar a fazer outras coisas”.
O artista considera que a Covilhã “é uma cidade que tem muito potencial que tem de ser desenvolvido”. “É necessária uma faísca e essa faísca oxalá que seja eu, mas parece estar tudo reunido para resultar como a candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da UNESCO, as fábricas abandonadas que são muito bonitas para fazer galerias e pessoas talentosas”.
Recorde-se que Luís da Cruz vai abrir a “MuseuMansão”, que já está em obras, na Rua da Barbacã, numa área de 400 m2 que terá diferentes setores de criação ligados à porcelana, metal, pintura e escultura, além de um espaço de jardim, lúdico, para partilhar ideias e expor.