Apesar de a empresa que gere as Minas da Panasqueira garantir que não há trabalho na mina durante a noite, isso é contrariado pelos “rebentamentos que se ouvem”.
A denúncia é de Fausto Batista, eleito pelo movimento De Novo Covilhã, e foi feita durante a Assembleia Municipal da Covilhã.
“A partir das três e meia ou quatro da manhã eles ligam. Há rebentamentos” acusa o eleito, explicando que “o rebentamento de frentes obriga à extração dos fumos, cuja poeira é altamente contaminante”, vincando que “as pessoas acordam com este barulho e algumas não conseguem dormir”.
Para o antigo mineiro e ex-presidente da Junta de Freguesia de S. Jorge da Beira “é preciso alguém que ponha fim a isto”, frisou.
Fausto Batista denunciou também a demolição, no início de fevereiro, de “grupos habitacionais mineiros” naquela zona. Explica que eram núcleos que estavam em ruinas, mas é preciso “fiscalizar o que se faz com os inertes”, disse.
Neste caso, segundo avança, “o entulho foi tapado com terra, que foram buscar às traseiras e para isso demoliram muros”, descrevendo ainda a demolição de uma “escadaria centenária”.
Fausto Batista afirma que “a Beiralt In faz o que quer e o que lhe apetece e não há controlo nenhum”, afirmou.
O antigo autarca frisa que deveria haver um levantamento e “uma legalização” para todos saberem o que é de cada um, “da empresa e de privados”, concluiu.