Joaquim Matias foi reeleito presidente da direção dos Bombeiros Voluntários da Covilhã. A votação decorreu na Assembleia Geral de sexta-feira à noite e reconduziu o dirigente para o quarto mandato consecutivo.
A sufrágio apresentou-se apenas uma lista, reconduzindo a esmagadora maioria dos dirigentes no cargo. Na presidência da Assembleia Geral continua João Esgalhado e no Conselho Fiscal José Curto Pereirinha.
À RCC Joaquim Matias vincou que se recandidata porque quer concluir as obras do edifício projetado para o Campo das Festas. “Era uma imprudência a direção ter um projeto concluído e aprovado” e que “terá que ser totalmente suportado por fundos próprios” e “não se recandidatar tendo em conta este cenário”, referiu o dirigente.
De resto Joaquim Matias sublinha que “dar condições aos operacionais” para continuar a “fomentar o voluntariado” deve nortear o trabalho de qualquer direção de uma associação humanitária.
“Temos que pensar no engrandecimento da instituição a todos os níveis como o parque-auto, infraestruturas, equipamento de proteção individual e outros” referiu, sustentando que só assim se pode contrariar a tendência atual. “O voluntariado está a acabar e se isso acontecer será dramático”, disse. O dirigente refere que “é preciso criar as condições para que o corpo de comando dê todas e as melhores condições aos operacionais”, frisou.
A construção do novo edifício, no terreno contiguo à Casa Escola no Campo das Festas, está orçado em cerca de 335 mil euros (mais impostos). Terá uma área de 474 metros quadrados em dois andares.
Ao nível do Campo das Festas servirá para estacionar cerca de 30 ambulâncias e no andar de cima, com entrada pela Rua Dr. Júlio Maria da Costa, terá um espaço museológico e o guarda fato da instituição.
Joaquim Matias explica que o atual museu “não reflete a história de 146 anos dos Bombeiros” e os fardamentos da instituição estão guardados no sótão, “o que não é condigno”, algo que irá mudar com esta construção.
As obras devem começar no final de abril, os Bombeiros contam com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã para o desmantelamento do muro e do talude necessários para a obra e com a comparticipação de cerca de 50 mil euros. O restante é de fundos da instituição, explicou Joaquim Matias, que conta ter o edifício pronto no próximo Natal.
Na assembleia geral os sócios presentes aprovaram por unanimidade as contas do ano passado com um saldo líquido positivo de cerca de 84 mil euros.