Cultura do mês: álbum de música
O novo álbum de Lana Del Rey é a sensação musical do momento, não só pela sua fantástica coesão musical, mas também pela qualidade com que a artista sempre brinda os fãs e ouvintes.
No passado dia 19 de março, a artista norte americana Lana Del Rey lançou o tão aguardado disco que promove há já mais de um ano. Inicialmente com o nome “White Hot Forever”, este álbum tem tudo o que é preciso para nos fazer pensar que estamos a ouvir trabalhos do início de carreira da cantora.
Após todo o sucesso de “Norman Fucking Rockwell!”, o ótimo criticismo de que este foi alvo e a tão ambicionada nomeação para Álbum do Ano nos Grammys de 2020, este novo trabalho tem uma essência mais original da cantora que não se notara no prévio álbum. Passa o sentimento de que estamos a ser transportados para 2012, quando era impossível não conhecer hits como “Summertime Sadness” ou “Video Games”, mas sempre com uma pitada de inovação, como podemos ver no uso de auto-tune, em faixas como “Tulsa Jesus Freak”. Aquela sensação de noite quente de verão, em que estamos de coração partido, mas sempre com uma atitude despreocupada no exterior é o que este trabalho da artista nos faz sentir.
Algo que não passa, de todo, despercebido neste disco é o toque de Jack Antonoff. O produtor que já teve a honra de colaborar com artistas como Taylor Swift e Lorde, começou a trabalhar com Lana no álbum “Norman Fucking Rockwell!” e desde aí tornou-se um elemento imprescindível na criação musical da artista, sendo agora, em conjunto com Lana, produtor executivo de “Chemtrails Over The Country Club”.
Lana Del Rey é cantora, compositora e poetisa. Aos 35 anos a artista já conta com seis nomeações para os prémios Grammys, não tendo ainda levado nenhuma vitória para casa. Começou a sua carreira em 2008 com o EP “Kill Kill”ainda pelo nome de Lizzy Grant. Inspirando-se maioritariamente em artistas do século XX, alcançou o estrelato mundial em 2012 com o álbum “Born To Die”, já com o nome artístico Lana Del Rey.
-Pedro Cardoso