A ASTA – Teatro e Outras Artes apresentou ontem a 2ª edição do Festival Portas do Sol que irá decorrer de 1 a 3 de julho e promete trazer o circo contemporâneo, música, dança e poesia às ruas da Covilhã.
Rui Pires adiantou que nesta edição o Festival irá contar com 12 companhias oriundas de Portugal, Espanha e Itália, “existindo também um esforço no sentido de incrementar novos espetáculos, sobretudo ligados ao novo circo”, sendo que “este ano também vamos para novos locais onde não estivemos”.
“Vamos estar num espaço interno pela primeira vez, que será no Mercado Municipal, para tentar também apresentar espetáculos que possam, de alguma forma, ocupar espaços emblemáticos da cidade”, acrescentou.
O diretor da ASTA, Sérgio Novo, revelou que o Festival está orçamentado em 80 mil euros e contou que nesta edição existe uma rubrica nova denominada “A Música De”, com início às 19:00, no miradouro das Portas do Sol, nos três dias da iniciativa.
Nos dias 1 e 2 de julho, irão passar escolhas musicais de algumas pessoas e no dia 3 vai existir um espetáculo que engloba poesia e música.
Sérgio Novo frisou que através do Festival Portas do Sol pretendem “dignificar a zona histórica da Covilhã, valorizá-la, e sensibilizar para a utilização desta área geográfica e a sua conservação que é fundamental”.
Para Rui Pires a realização da iniciativa nas ruas da Covilhã é também uma forma de “democratizar o acesso às artes” e referiu que os espetáculos inseridos no Festival são para todas as idades, pois “não há nada que possa chocar”.
Disse ainda, saber que “há um público habituado a ir a espetáculos e que vai comparecer independentemente do que possam ser, mas há também um que esbarra com os espetáculos”. Relembrou que na edição do ano passado, apesar de serem cumpridas todas as medidas, o importante era não divulgar muito o evento para não ter muita gente”, sublinhando que acabaram por aparecer muitas pessoas porque os ensaios decorriam na rua e “a palavra foi passada de boca em boca”.
A vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Covilhã, Regina Gouveia, também esteve presente na apresentação do Festival e afirmou que a iniciativa “está muito associada à candidatura da Covilhã a cidade criativa da UNESCO”.
Regina Gouveia considera que o Portas do Sol “é muito interessante pelas áreas artísticas e diversidade que traz e por onde são colocadas, ou seja, o facto de a rua ser o palco para estes espetáculos, forma novos públicos”.
O festival Portas do Sol é financiado pela Direção Geral das Artes e pelo Governo de Portugal e conta com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã.